Com quem fica a herança?

Entende-se por pontuação o conjuntos de sinais gráficos usados para identificar as pausas e as trocas de entonação na leitura. É importante na produção textual, uma vez que, pode mudar todo o sentido do enunciado.
Baseados no que discutimos acerca das regras de pontuação pontue o enunciado abaixo. Eis o contexto:






Um homem, percebendo a morte se aproximar, resolveu escrever seu testamento, pois era muito rico, possuidor de muitos bens. Escreveu o texto, porém, faleceu antes de pontuá-lo o que causou grande confusão entre os candidatos a herdeiros. Veja o texto:

"Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada dou aos pobres"

Utilize os sinais de pontuação necessários de modo que:



a) A herança fique para a irmã do falecido;
b) A herança fique para o sobrinho;
c) O herdeiro seja o alfaiate;
d) A herança seja entregue aos pobres.



Tenha total liberdade para usar qualquer sinal de pontuação. Só não é permitido trocar a posição das palavras, tampouco substituí-las. Use o espaço dos cometários para postar suas respostas.

Oficina XVII- Uso da vírgula



Não se usa vírgula!

1-Não se usa vírgula separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se diretamente entre si:
a) entre sujeito e predicado.
Todos os alunos da sala    foram advertidos
            
Sujeito                            predicado

b) entre o verbo e seus objetos.
O trabalho custou            sacrifício             aos realizadores
                   
V.T.D.I.              O.D.                             O.I.

                             Usa-se a vírgula!

1-Para marcar intercalação:
a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem caindo de preço.

b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.

c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens,isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.

2-Para marcar inversão:
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.

b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.

c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982.
3-Usa-se vírgula para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enumeração):


a) Era um garoto de 15 anos, alto, magro.


b) A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.

4-Usa-se a vírgula para marcar elipse (omissão) do verbo:

a) Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.

5-Usa-se a vírgula para isolar:

- o aposto:
São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui um trânsito caótico.

- o vocativo:
Ora, Thiago, não diga bobagem.

Postado Originalmente em: http://www.brasilescola.com

Esperamos que esse resumo do uso da vírgula possa ser útil para você. Caso tenha mais alguma dúvida sobre como utilizar a virgula, poste um comentário com a pergunta e seu email. Nós responderemos com muito prazer. Até a próxima!

Oficina XVI- Como encerrar o texto expositivo ou argumentativo

 Conclusão dissertativa

Qualquer texto, para estar completo, organiza-se em três etapas básicas: introdução, desenvolvimento e conclusão. Cumpridas as duas primeiras etapas, cabe à conclusão fechar o texto do modo mais adequado à modalidade textual em questão. Nas dissertações, a conclusão é a parte final que condensa os pontos centrais da discussão, inclusive o posicionamento apresentado na tese.
A dissertação argumentativa, principal modalidade textual solicitada nas provas de redação de concursos e vestibulares, tem, na boa conclusão, grande parte da sua eficiência. Othon Garcia, em sua obra "Comunicação em Prosa Moderna", nos ensina que "não existe argumentação sem conclusão, que decorre naturalmente das provas ou argumentos apresentados". Partículas como "logo" e "portanto" são típicas no início de períodos ou parágrafos em que se nega (argumentação por refutação) ou confirma o teor da proposição.
Há várias formas de se concluir uma dissertação argumentativa, mas alguns cuidados precisam ser tomados. Então, apresentamos, a seguir, alguns aspectos a serem observados em diferentes tipos de conclusão dissertativa: 
                         Retomada da tese

É importante que, ao terminar a leitura, o leitor tenha total clareza quanto à tese ali defendida. Por isso, o autor de uma dissertação não pode perder essa última possibilidade de reforçar seu posicionamento no parágrafo final.
Para isso, é preciso que o conteúdo retomado na conclusão - seja apenas da tese ou de parte da análise - esteja em total coerência com o que foi escrito nas partes anteriores da redação, pois só assim se consegue a reafirmação de uma verdade. Mas atenção: o que deve ser retomado é apenas a essência do que já foi mostrado, evitando-se a mera repetição de frases e vocabulário.

Perspectivas futuras




Durante a análise do tema, principalmente quando este tratar de uma situação problemática atual, a dissertação pode se basear em dados passados e presentes, identificando causas, fazendo um paralelo histórico, comparações. Isso feito, abre-se espaço para o olhar futuro em relação ao problema.
É a hora de traçar perspectivas futuras, que podem envolver uma proposta de solução ou apenas uma projeção hipotética do que deverá acontecer, considerando-se determinados contextos. Em ambos os casos, o autor precisa basear-se nos conteúdos já analisados. Não é possível apresentar propostas de solução para problemas que não foram discutidos ou perspectiva futura que não esteja embasada em dados presentes.
              Propostas de enfrentamento do problema
                                                                      Quanto às propostas de solução, elas não devem ser "utópicas", ou seja, não dá para propor que os países desenvolvidos simplesmente aceitem dividir suas riquezas com os países pobres para acabar com a miséria no mundo. Também não se devem apresentar propostas genéricas demais ou típicas do senso comum, como dizer que o governo precisa "fazer alguma coisa" ou que as pessoas "precisam se conscientizar" de algo.
Em vez disso, pode-se propor que determinado órgão de certa área específica do governo reformule a lei que trata do assunto em questão, ou que seja criado um órgão fiscalizador para fazer cumprir determinado acordo. É possível também elaborar propostas mais concretas envolvendo a sociedade, como sugerir que determinados grupos se organizem em associações para pressionar a ação de instituições com poder de resolução do problema. Ou seja, o autor tem direito de manter seu ponto de vista em relação ao tema, só precisa apontar sugestões específicas, sempre citando nomes e escolhendo o vocabulário mais preciso, evitando as generalizações que não contribuem em nada com o texto.
Genérico, específico

Outro aspecto importante da conclusão é a ligação dessa etapa com a forma como o tema foi introduzido no início do texto, ou seja, para introdução genérica usa-se conclusão genérica; para introdução específica, conclusão específica.
Vejamos um exemplo de início genérico: se o texto começa discutindo a falta de ética do ser humano nas diversas relações sociais, tem-se uma introdução genérica. Evidentemente, o texto não poderá continuar nessa abstração durante o desenvolvimento e acabará por usar uma série de exemplos específicos, como fatos históricos dentro e fora do Brasil, para provar a tese. Na conclusão, porém, o texto deve voltar para a tese inicial, mais genérica, mostrando que os exemplos comprovam o comentário mais amplo feito no início do texto.
No caso de um início específico, poderíamos imaginar uma tese que criticasse a falta de ética dos deputados federais brasileiros ao aprovarem um abusivo aumento de salário para eles mesmos. No desenvolvimento o autor poderia mostrar exemplos históricos (e mais genéricos) para provar que esse comportamento tem acompanhado o ser humano nas mais diferentes sociedades e épocas. Porém, na conclusão, o autor precisaria voltar ao tema específico, mostrando que, assim como em tantos exemplos históricos de corrupção, os deputados federais em questão agiram mal.
Por último, vale lembrar: nunca inicie uma discussão nova na conclusão, pois não haverá tempo para desenvolvê-la. Também não termine com perguntas abertas sobre questões que, ao invés de serem encaminhadas ao leitor, deveriam ter sido respondidas durante o texto, afinal, a dissertação (principalmente a argumentativa) expõe objetivamente um raciocínio e tem por função conduzir o leitor à aceitação dessa verdade.

Referencial teórico
GARCIA, Othon. Comunicação em Prosa Moderna. 10. ed. São Paulo: Ática, 2002.

Aviso Importante!




A Secretaria de Educação oferece aulas de reforço escolar de Língua Portuguesa e Matemática aos alunos do Colégio Municipal Luiz Galdino Sales e do Centro Educacional Epaminondas Torres de Aquino no espaço anexo da Biblioteca Municipal.


Horários: Segundas e quintas-feiras manhã das 7:00 ás 11:00 hs tarde das 13:00 ás 17:00 hs Matemática


Terças e quartas-feiras manhã das 7:00 ás 11:00 hs tarde das 13:00 ás 17:00 hs Língua Portuguesa.

Para os interessados na conservação de livros!

Uma caixa de primeiros socorros para livros
Antonio Gil Neto





Num dias desses, em conversa com professores sobre leitura e livros, um deles disse veemente que se o livro pode definhar, desgastar-se, estragar, adoentar-se e até morrer pelo seu tempo de manuseio em favor das leituras não precisamos então conservá-los. São objetos de consumo.

Logo me veio aquela ideia de fileiras de livros de capa vermelha, com seus escritos em dourado, ricamente encadernados, empilhados militarmente em estante nobre e em sala majestosa. Feito andor de padroeiro e que ninguém toca. E muito menos lê. Esse tipo de livros de efeito decorativo é um museu de leituras mortas. Conserva-se o material e morrem as leituras.

Por outro lado, em se pensando naqueles livros mais frágeis, sem couro e papel refinado ou potente, de uso e consumo escolares e domésticos, sinto que precisam ser conservados, cuidados. Como cuidamos de amigos, pessoas queridas. Eles carecem de algum trato para se manterem vivos, prontos para serem devorados pelo consumo dos leitores e virarem de fato seus destinos: leituras.

Cá entre nós, todo mundo que lida com leitura deve ter sua caixinha de primeiros socorros para que seus livros continuem bem apresentados, manuseáveis, dirigíveis em suas viagens leitoras pilotadas pelo leitor, não é?

É disso que vamos tratar aqui: de conservar ou recuperar livros.O negócio aqui é tratarmos de cuidar do objeto livro, do seu corpo material para que as palavras possam continuar morando nele e desabrochar nas múltiplas intenções e dinâmicas leitoras.

Imagino até que uma biblioteca ou sala de leitura, ou mesmo seu armário de classe ou de casa deva ter seu arsenal particular para cuidar desse objeto tão precioso: uma caixa, uma gaveta ou um cantinho dela com alguns materiais para a limpeza e a saúde dos livros. Numa grande biblioteca, dessas de cidade maior, há até um setor e profissional restaurador para isso. Mas não precisamos chegar a tanto para o mote de nossa conversa.

Ouso brincar de pensar que isso ainda acontecerá enquanto o livro de papel existir. As palavras já estão morando em outros materiais. Assim, salvamos a nossa Natureza. As suas casas, não sendo mais de papel, ficam imunes ou menos sujeitas às intempéries, fungos, coisas assim. Além de outro modus operandi leitor, é claro. Por enquanto...

Vamos lá: aquele livro que você adora, lê e relê de vez em quando, começa a dar sinais de cansaço? A lombada parece não estar mais intacta, as páginas estão se soltando e até já fizeram a história mudar de rumo: o começo no fim, o início no meio, sabe-se lá!  Outro episódio: e não é que um inseto mais abusado e atrevido fez da sua obra literária a morada dele? Mas o desfecho de cada historinha pode ter final feliz. Com alguns truques e cuidados é possível fazer seu livro ganhar boa aparência novamente. Com um pouco de sondagem e dedicação o fantasma da má conservação poderá desaparecer do seu espaço de guardar livros. Ou melhor, descansar. Ficar alertas, a postos para os novos encontros. Experimente algumas dessas dicas para a sua tarefa de primeiros socorros. Dos livros.


Contra invasores



Para não sofrer com as temíveis traças, cupins, brocas e outros invasores indesejáveis, anotem a primeira dica: “É bom abrir os livros uma vez a cada seis meses para ver se está com insetos. Como agem à noite, não os encontraremos durante o dia. Então, bata levemente no livro com as páginas abertas sobre uma folha de papel branco. Se cair uma espécie de poeira é porque os insetos andaram por ali”, ensina Tercio Gaudêncio, membro fundador da Associação Brasileira de Encadernação e Restauro. Vale ressaltar que também não é recomendável manter as obras perto de plantas já que elas atraem insetos – os maiores vilões dos livros depois, é claro, do homem. Segundo Tercio, que no momento está restaurando uma bíblia do ano de 1555, quebrar a cadeia alimentar dos invasores é a chave para o sucesso! Nesse caso, a compra de um mata-mosquito elétrico pode ser a solução. Além disso, é preciso tomar algumas providências para que os fungos e insetos não migrem para outros exemplares. Coloque o livro infectado em um saco plástico, feche bem e ponha no freezer. Quinze dias depois, coloque o embrulho na parte mais quente da geladeira e deixe por uma semana. Ao retirar, ponha o livro em uma estante fresca e arejada. Dessa forma, mais de 90% dos insetos e fungos serão eliminados.


Páginas coladas



E se as páginas colarem? Se isso ocorreu por excesso de umidade e as páginas foram pressionadas umas contra as outras, esqueça. Nada vai funcionar. Se, ao contrário, elas não sofreram qualquer pressão deixe o livro secar naturalmente. “Aberto e em local arejado. Se possível, com um ventilador ligado. Se as folhas não forem pressionadas, o livro será recuperado”, garante Mario Luiz Gomes, restaurador e dono do Sebo Homo Sapiens.

Cadernos soltos

Para evitar que as folhas do livro se soltem, quando tirá-lo da prateleira, evite puxá-lo pela parte superior. O certo é empurrar o exemplar e puxá-lo pelo meio da lombada. Se os cadernos já estiverem soltos, será preciso comprar uma cola metil-celulose (livre de acidez) e tiras de papel mino para colar cada caderno e, posteriormente, fixá-los na lombada. Mas lembre-se: em alguns casos mais graves será preciso procurar um especialista em restauração.

Melhor prevenir que remediar


Se você não sofre com os males acima e seus livros estão conservados anote as dicas de prevenção: é importante guardá-los em local limpo, arejado e com pouca umidade. Isso significa que é fundamental lavar as mãos antes de manusear os livros, como recomendam as normas internacionais de biblioteconomia. Também se deve evitar lamber os dedos para passar as páginas já que a saliva é ácida e danifica a obra. A luminosidade não pode ser excessiva e, tampouco, nula. Portanto, nada de caixas fechadas ou sol incidindo diretamente sobre o papel, o que causa reações químicas que atraem fungos e rompe as fibras da celulose. Se for importante encapar o livro, use apenas papel. Nada de durex, que deixa cola no livro e garante alimento para os fungos. Contact, então, nem pensar!

Se você conhece ou usa alguma outra técnica para conservar livros deixe aqui a sua dica.



Disponível em: http://www.escrevendo.cenpec.org.br