Atividade sobre Ambiguidade


Pedimos a nossos alunos para reescrevessem de forma correta algumas frases que apresentavam ambiguidade. Confira o resultado:



Como era: "O professor falou com o aluno parado na sala"
Como ficou: 1- O professor falou com o aluno que estava parado na sala
                   2- O professor estava parado na sala e falou com o aluno
                                                                                          Adriana, Manuella e Elizangêla


Como era: "A polícia cercou o ladrão do banco na rua Santos"
Como ficou: 1- Os policiais cercaram o ladrão no banco da rua Santos
                   2- O ladrão do banco foi cercado pela polícia na rua Santos
                                                                                          Amanda e Rayra Talyta


Como era: "Pessoas que consomem bebidas alcoólicas com frequência apresentam sintomas de irritabilidade e depressão"
Como ficou: 1-Irritabilidade e depressão são sintomas de pessoas que consomem bebidas alcoólicas frequentemente.
                   2-Pessoas que têm irritabilidade e depressão consomem bebidas alcoólicas.
                                                                                           Eduardo e Emília 





Oficina XX- A armadilha do duplo sentido

Ambiguidade

A ambiguidade é um dos problemas que podem ser evitados na redação. Ela surge quando algo que está sendo dito admite mais de um sentido, comprometendo a compreensão do conteúdo. Isso pode suscitar dúvidas no leitor e levá-lo a conclusões equivocadas na interpretação do texto.

A inadequação ou a má colocação de elementos como pronomes, adjuntos adverbiais, expressões e até mesmo enunciados inteiros podem acarretar em duplo sentido, comprometendo a clareza do texto. Observe os exemplos que seguem:
  "O professor falou com o aluno parado na sala"

Neste caso, a ambiguidade decorre da má construção sintática deste enunciado. Quem estava parado na sala? O aluno ou o professor? A solução é, mais uma vez, colocar "parado na sala" logo ao lado do termo a que se refere: "Parado na sala, o professor falou com o aluno"; ou "O professor falou com o aluno, que estava parado na sala".
 
"A polícia cercou o ladrão do banco na rua Santos."

O banco ficava na rua Santos, ou a polícia cercou o ladrão nessa rua? A ambiguidade resulta da má colocação do adjunto adverbial. Para evitar isso, coloque "na rua Santos" mais perto do núcleo de sentido a que se refere: Na rua Santos, a polícia cercou o ladrão; ou A polícia cercou o ladrão do banco que localiza-se na rua Santos" 

"Pessoas que consomem bebidas alcoólicas com frequência apresentam sintomas de irritabilidade e depressão." 
Mais uma vez a duplicidade de sentido é provocada pela má colocação do adjunto adverbial. Assim, pode-se entender que "As pessoas que, com frequência, consomem bebidas alcoólicas apresentam sintomas de irritabilidade e depressão" ou que "As pessoas que consomem bebidas alcoólicas apresentam, com frequência, sintomas de irritabilidade e depressão".
DICA!

Uma das estratégias para evitar esses problemas é revisar os textos. Uma redação de boa qualidade depende muito do domínio dos mecanismos de construção da textualidade e da capacidade de se colocar na posição do leitor.

Oficina IXX- O Sentido do texto

Coesão e Coerência





Um dos problemas encontrados com mais frequência nos textos é a falta de coesão e de coerência. É comum encontrarmos textos que iniciam com um tema e terminam com outro, mostrando falta de unidade, falta de coerência. Além da falta de coerência, há falta de coesão, o que torna, muitas vezes, os períodos ininteligíveis.


Mas, o que é coerência e o que é coesão?


Comecemos pela organização textual. Todo texto é composto por uma macroestrutura e uma microestrutura.


A macroestrutura refere-se à coerência, ou seja, à manutenção da mesma referência temática em toda extensão. Para que ela exista é necessário:


a) harmonia de sentido de modo a não ter nada ilógico, nada desconexo;
b) relação entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido.
c) as partes devem estar inter-relacionadas;
d) expor uma informação nova e expandir o texto;
e) não apresentar contradições entre as idéias;
f) apresentar um ponto de vista, uma nova visão de mundo.



Mas, a coerência é uma característica textual que depende da interação do texto, do seu produtor e daquele que procura compreendê-lo. Muito depende do receptor, de seu conhecimento de mundo, da situação de produção do texto e do grau de domínio dos elementos lingüísticos constantes do texto. Veja no exemplo abaixo a falta desse domínio, o que parece tornar o texto incoerente. Essa incoerência, proposital neste caso, torna o texto uma piada. 


Observe:
- Eu gosto tanto de frango, mas tenho medo de gripe aviária.
- Ah, mas só dá na Ásia, responderam.
- Justo na parte de que eu mais gosto? (Folha de São Paulo, 18 de março de 2006



A microestrutura refere-se à coesão, ou seja, ligação das frases, concatenação entre as partes, traços morfossintáticos que garantem o encadeamento lógico.


Para que o texto seja coeso, deve seguir pelo menos um dos mecanismos de coesão:


a) Retomada de termos, expressões ou frases já ditas.
b) Encadeamento de segmentos do texto, feito com conectores ou operadores discursivos, tais como então, portanto, mas, já que, porque...

As conjunções, pronomes relativos, preposições, elementos conectores, podem ser encontrados em qualquer gramática de língua portuguesa.


Proposta:produção de um texto coerente

Não existe sonho mais fantástico do que viajar através do tempo, voltar ao passado ou avançar pelas décadas. O problema é que além de alegria, esse é um sonho arriscado. Nenhum cientista pode sonha-lo em público sem correr o risco de ser considerado louco. Agora, para admirável dos próprios físicos, a possibilidade de cruzar os séculos para a frente e para trás não pode mais ser posta de lado. Desde o final da década passada o físico americano, Kip Thone, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, trouxe à tona um objeto incrível, o Wormhole, que, em inglês quer dizer buraco de minhoca. Com esse nome um pouco mole, até esquisito, o Wormhole  pode ser a peça chave de um esquisito ônibus do tempo.


Autora: Manu

Proposta:produção de um texto coerente

Um sonho fantástico é viajar através do tempo, poder nos imaginar voltando ao passado ou avançar pelas décadas. Para muitos, isso é algo pra doido, mas até os mais famosos físicos estão percebendo e reconhecendo que há possibilidade. Ao fim da década passada, Kip Thorne, um físico americano, trouxe a tona um objeto surpreendente chamado Wormhole, que em inglês significa buraco de minhoca. Com esse nome esquisito, até um pouco mole, o Wormhole pode se tornar a peça chave de um admirável ônibus do tempo.


Autora: Elizângela